Discus
Descrição Física
A Forma é quase circular, corpo em disco, com forte compressão lateral. Possui grandes barbatanas dorsais e anais adicionadas à aparência circular. Têm uma testa íngreme que acaba numa boca pequena. A cabeça é pequena relativamente ao tamanho do corpo. Olhos proeminentes e grandes. A barbatana caudal é de forma picada. A cor do corpo, da barbatana e o padrão, variam muito dependendo da espécie, variedade, habitat e dieta. Por exemplo, os tons vermelhos são reforçados quando o peixe é alimentado com alimentos que contêm camarão ou beta-carotenos. A cor do corpo geralmente estende-se para o dorsal, barbatanas pélvicas e anal, com a cauda e barbatanas peitorais claras. Em algumas variedades, as barbatanas peitorais e caudal podem ser negras. A íris do olho é geralmente de cor vermelho-sangue, embora possa variar do branco, laranja, rosa ao vermelho. Os Discus possuem oito ou nove listas desmaiadas, verticais, atravessando os olhos, sendo as da barbatana caudal mais amplas e pronunciadas. Em algumas variedades, as listas são imperceptíveis. As listas são geralmente mais acentuadas nos jovens do que nos adultos.
Taxonomia
Reino: Animalia Filo: Cordados Sub-filo: Vertebrados Grupo: Peixes Classe: Osteichthyes Sub-classe: Actinopterygii Ordem: Perciformes Família: Cichlidae Subfamília: Cichlasomatinae Genus: Symphysodon Género: Symphysodon Espécie: aequifasciata
Variantes Geográficas
Cobrem um vasto leque natural e, separados, têm desenvolvido populações distintas. Há também muitas cores criadas pelo homem, que não ocorrem naturalmente no estado selvagem. Foram criadas estirpes distintas quer pela sua cor, quer pela forma das suas barbatanas.
Espécies
Há três sub-espécies na natureza de Symphysodon aequifasciatus ;S.Aequifasciatus aequifasciatus ( Discus Verdes), S.aequifaciatus axelrodi (Discus Castanhos) e S.aequifaciatus haraldi (Discus Azuis). A base da cor do Discus Verde varia de bege amarelado a castanho azeitona. Com listas horizontais de uma tonalidade verde azulado a partir da frente de volta para a barbatana dorsal, as estrias azuis cobrem o rosto e lamelas. Não tem estrias na região da barriga, excepto na barbatana anal. O corpo é marcado por pequenas e grandes manchas vermelhas que, por vezes, cobrem todo o corpo, restringindo-se outras vezes à parte inferior do corpo. Uma banda negra percorre o corpo da barbatana superior à inferior, e entra na base da barbatana caudal. O bordo exterior das barbatanas dorsal, anal e pélvica é principalmente vermelho. As barbatanas peitorais são claras. Os Discus Verdes possuem 9 linhas verticais uniformemente espaçadas no corpo e possuem olhos encarnados. O mais famoso é o Discus Tefe Verde que, como o nome indica, provém do Rio Tefe. Os Discus Verdes são muitas vezes confundidos com os Discus Castanhos, porém distinguem-se pelo corpo manchado de encarnado.
Symphysodon aequifasciatus aequifasciatus -Discus Verdes
Há três sub-espécies na natureza de Symphysodon aequifasciatus ;S.Aequifasciatus aequifasciatus ( Discus Verdes), S.aequifaciatus axelrodi (Discus Castanhos) e S.aequifaciatus haraldi (Discus Azuis). A base da cor do Discus Verde varia de bege amarelado a castanho azeitona. Com listas horizontais de uma tonalidade verde azulado a partir da frente de volta para a barbatana dorsal, as estrias azuis cobrem o rosto e lamelas. Não tem estrias na região da barriga, excepto na barbatana anal. O corpo é marcado por pequenas e grandes manchas vermelhas que, por vezes, cobrem todo o corpo, restringindo-se outras vezes à parte inferior do corpo. Uma banda negra percorre o corpo da barbatana superior à inferior, e entra na base da barbatana caudal. O bordo exterior das barbatanas dorsal, anal e pélvica é principalmente vermelho. As barbatanas peitorais são claras. Os Discus Verdes possuem 9 linhas verticais uniformemente espaçadas no corpo e possuem olhos encarnados. O mais famoso é o Discus Tefe Verde que, como o nome indica, provém do Rio Tefe. Os Discus Verdes são muitas vezes confundidos com os Discus Castanhos, porém distinguem-se pelo corpo manchado de encarnado.
Symphysodon aequifasciatus axelrodi-Discus Castanho
A cor base deste peixe é de uma luz amarelada castanha-escura a um laranja-acastanhado. O Discus Castanho tem algumas estrias azuis sobre a cabeça, barbatanas dorsais e anal. No corpo, a cor acastanhada intensifica-se relativamente à base da barbatana anal. Tem algumas estrias azuis padrão na face, com manchas azuis na lamela cobre. O Discus Castanho não tem padrão definido no corpo. A faixa preta que é proeminente nas barbatanas dorsal e anal do Discus Verde, geralmente é menos pronunciada no Discus Castanho, em especial sobre a barbatana dorsal. Como acontece com todos os Discus, o Discus Castanho tem 9 barras verticais no corpo, sendo as barras que atravessam os olhos e as da base da cauda mais amplas e óbvias. Os olhos são de um castanho claro para vermelho. Os Discus Castanhos são os maiores das espécies de Discus, atingindo um comprimento máximo de aproximadamente 25 centímetros.
Symphysodon aequifasciatus haraldi - Discus Azul
A cor base do corpo é um castanho-avermelhado. Tem estrias horizontais de um azul-turquesa vivaz que percorrem todo o corpo da testa para trás e para a barbatana dorsal. O Discus Azul é a única espécie selvagem com estrias no corpo. A cara é padronizada com estrias azuis que se estendem para dentro e seguem a forma das guelras. A barbatana anal tem uma cor base vermelha com estrias azuis e as bordas das barbatanas dorsal e anal são vermelhas. As barbatanas pélvicas também são vermelhas. Os olhos são vermelhos e têm as mesmas barras verticais pretas do outro Discus. O primeiro Blue Discus foi descoberto pelo pesquisador indiano e amante de aquariofilia Harald Schultz, após o qual foi dado nome ao peixe. O peixe criado no Rio Purus lançou as bases para os Discus Turquesa entre 1960 e 1970. Existe ainda uma outra espécie de Discus.
Symphysodon discus (Heckel Discus)
O Discus Heckel tem 9 barras verticais, à semelhança de outros Discus. A primeira lista é proeminente e atravessa o olho. As três seguintes são estreitas e de tonalidade bastante fraca, sendo a quinta larga e escura; mais três igualmente estreitas e muito claras, terminando numa lista larga e escura que atravessa a base da barbatana caudal. Estas barras proeminentes são características do Discus Heckel e são conhecidas como "listas Heckel ". A base pode variar de cor, entre cinza-acastanhado e vermelho-acastanhado. O corpo está marcado com finas linhas horizontais de um azul fosco.
Habitat
Os Discus são encontrados na calma das pequenas áreas, rios de água escura, lagos e poças largas e profundas. São encontrados em pequenos grupos, geralmente em torno de árvores caídas, madeira e vegetação aquática submersa. Os Discus tendem a permanecer em áreas sombreadas durante o dia. A água é, regra geral, muito limpa, livre de quaisquer detritos, de muita qualidade. A água no habitat natural dos Discus é ácida, um pH 5.0-6.5,com uma dureza muito fraca de 0-3 dH. A temperatura ronda os 25-29° C. Os Discus estão amplamente distribuídos por toda a Bacia Amazónica, até ao Rio Putumayo no Peru. Também podem ser encontrados em áreas sazonalmente inundadas: rios e afluentes do rio Amazonas. Os Discus Verde são na sua maioria capturados no Lago Tefe, Rio Tefe e afluentes do rio Japurar. A maioria dos Discus Azuis provêm do Rio Purus e Manacapuru. A maioria dos Brown Discus está hoje a ser capturada nas águas entre Santarém e Alenquer, o Rio Tocantins, o Rio Xingu, o Rio Madeira e o Rio Tapajós.
Manutenção e Doenças
É essencial ter um bom filtro para remoção de resíduos. Muito importante a filtragem mecânica visto que os discus sujam muito a água com detritos e comida que espalham pela forma característica que têm de comer. São recomendadas mudanças regulares e parciais de água para os manter saudáveis. São peixes sensíveis a poluentes, em especial nitratos e nitritos. Dão-se melhor em água com turfa. O filtro não deve criar uma forte ou rápida circulação da água, uma vez que são peixes que se deslocam lentamente. Se forem mantidos numa forte corrente, irão utilizar uma grande quantidade de energia para manter a sua posição. Os Discus são verdadeiros peixes tropicais, originários das mais quentes águas do rio equatorial South America, o que significa que exigem água morna. A temperatura baixa da água irá enervá-los e tornar-se-ão especialmente susceptíveis a problemas intestinais, ou Hexamita. Não devem ser introduzidos num novo aquário, mas num que tenha um ciclo já criado em pleno. Para um crescimento saudável, devem ser alimentados 2 a 3 vezes por dia. São gananciosos nos primeiros minutos, mas depois gostam de mordiscar, portanto não serão demasiado rápidos a remover os "restos". A selecção dos Discus pode ser difícil. Basicamente, a saúde é mais importante do que o nome ou mesmo a cor dos peixes. Olhe para os peixes e verifique se estão isentos de feridas e defeitos, com o número e forma das barbatanas correctos, e os olhos adequados ao tamanho do peixe.Um olho grande num pequeno disco é normalmente um sinal de que o peixe está com peso baixo e não irá crescer em pleno potencial. Os peixes juvenis, regra geral, têm bordas irregulares nas barbatanas dorsal e anal. É outra forma de se ver se o peixe é saudável. Olhos brilhantes e vermelhos, com boa cor e não embaciados.O movimento das guelras também é importante. Se o peixe está a mover a boca num acto de respiração forte, mas as guelras estão fechadas, é provavelmente porque estão aflitos com parasitas nas guelras. Estes parasitas, bem como a maioria das outras doenças dos Discus, são facilmente curadas com experiência. Se forem os seus primeiros Discus, deve procurar ajuda de um especialista. Verifique os excrementos dos peixes.Se houver fezes escuras no fundo do aquário, é um bom sinal. Significa que os peixes não têm parasitas intestinais. Excrementos claros indicam parasitas internos. Estas infestações podem ser curadas facilmente se detectadas em tempo útil. Os Discus vivem melhor se o aquário for colocado a uma certa altura - ao nível dos olhos - numa área que tranquila e longe de tráfego. Os peixes ficam frequentemente nervosos e inseguros em aquários colocados perto de portas de entrada e os aquários nunca devem ser colocados em níveis muito baixos.Na natureza os predadores dos Discus costumam atacar de cima, por isso um aquário ao nível do chão pode ser stressante.Os criadores de Discus costumam manter os seus aquários acima do nível da cintura. Parâmetros da água: regra geral, os Discus devem ser mantidos em água com condições semelhantes ao seu habitat natural.No entanto, muitos Discus são criados em cativeiro e a sua água tem as mais variadas condições.
PH: ácido a neutro (6,0-7,0) ; Dureza: mole (0-6dH) ; Temperatura: 25-30oC
Reprodução
Os Discus são monogâmicos, formando um casal estável. A melhor forma de procriação é juntar um grupo de 6-8 discus e observar a formação dos casais. Se um par começa a limpar os vidros laterais do aquário, significa que está pronto para a desova. Remove-se o casal e coloca-se num aquário limpo, com um pH de cerca de 6,5, uma água de dureza 1-3 dH, temperatura de 28/31ºC. Deve-lhe ser fornecido um local vertical, médio, para a desova. Por exemplo: uma telha, um vaso, uma pedra grande ou cone próprio para o efeito. Estas superfícies serão cuidadosamente limpas pelo casal.
Depois da postura, a fêmea guarda os cerca de 100 a 200 ovos, enquanto o macho guarda a área. A eclosão dos ovos ocorre ao fim de 2-3 dias e os pais ajudam, limpando suavemente o ventre sobre os ovos.
Os alevins são movidos em seguida pelos pais para uma outra área, onde se encontram unidos por filamentos pegajosos. Após 3-4 dias, os alevins juntam-se aos pais. Os alevins alimentam-se de uma secreção leitosa, muco, produzida pelas glândulas da pele dos pais. Cerca de uma semana depois começam a comer o que encontram. Retire-os depois de começarem a comer alimentos (aconselha-se Artémia) pois podem danificar a pele dos pais. A reprodução pode ser difícil.
Notas especiais
A temperatura é um mecanismo que pode ser utilizado para induzir a desova. Retire cerca de um terço da água e encha o aquário com água mais fria. Os Discus machos geralmente não produzem esperma adequado até atingirem mais de 1 ano de idade.Muitas vezes, exibem o que parece ser infertilidade ou, pelo menos, fraca fertilidade até ao segundo ano.Não é anormal que um grande número de ovos não fertilize com um jovem casal. A integridade do ovo depende da quantidade de cálcio da água.Manter a água mole, menos de 4dH. As mudanças regulares da água são essenciais para a sobrevivência dos jovens.Os alevins crescem rapidamente e a forma do Discus desenvolve-se em 3-4 meses.
Companheiros ideais para os Discus
Os Discus sentem-se mais confortáveis com peixes mais pequenos, mas atenção ao seu tamanho, porque demasiado pequenos podem-se tornar apetecíveis para serem devorados. Deve-se ter o cuidado de não colocar peixes que sejam mais rápidos a lançar-se à comida que os Discus, pois os Discus podem não conseguir alimentar-se convenientemente. Deve manter-se sempre um grupo de, pelo menos, três Discus, uma vez que são um tipo de peixe que se sente mais confortável em cardume. Não devem ser mantidos com peixes que podem tentar chupar o seu corpo esguio ou com peixes de movimentos rápidos, tais como Barbos ou Gouramis. Um dos peixes mais compatíveis é o Cardeal Tetra.Os Tetras devem ser introduzidos quando os Discus são jovens, a fim de permitir que os Tetras alcancem o seu tamanho adulto antes dos Discus. Eis alguns peixes recomendados (independentemente de ser forçoso respeitar o biótopo amazónico).
América do Sul
Corydoras (Ex: Brochis splendens)
Tetra Cardinal (Paracheirodon axelrodii)
Sturisoma aureum
Apterontus albifrons
Chilodus punctatus Pimelodus pictus
Dekeyseria pulcher
Apistogrammas (Ex: Apistogramma cacatuoides)
Ramirezis (Ex: Mikrogeophagus altispinosa)
Ásia
Yasuhikotakia sidthimunki
Trichogaster leeri
Rasbora heteromorpha
Barbus nigrofasciata
África
Peixe Borboleta Africano (Pantodon buchholzi)
Nariz de Elefante (Gnathonemus petersii)